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Como começou?

Conheci contato improvisação quando ainda morava em Recife, em 2004, quando vi pela primeira vez uma Jam em Salvador, no anexo do teatro XVIII – na época Jams organizadas por Hugo Leonardo e Rossana Alves – e achei a coisa mais linda e mais louca que já tinha visto na minha vida. Mudei-me pra Salvador em 2005. Depois, acho que em 2006, Hugo começou a oferecer aulas aos sábados, e prontamente me inscrevi. Eram ótimos sábados. As aulas e Jams depois se tornaram o Projeto EmComTato. Aos poucos fui percebendo o quanto esta forma de se mover, de dançar, me modificava, gerando reverberações para relações interpessoais e para uma outra forma de ver o corpo, a dança, a arte e o mundo.


Desde então venho praticando e estudando esta forma de dança.Ao mesmo tempo, como infectologista, atendia pessoas vivendo com HIV, ou seja, soropositivas, no meu local de trabalho, o CEDAP (na época, chamado CREAIDS). E ouvia muitos relatos destas pessoas de como a presença do vírus tinha modificado suas vidas, especialmente suas relações com as pessoas, relações sexuais, afetivas, a forma de viver e lidar consigo mesmo.Em 2007 então veio a idéia: como seria praticar contato improvisação com pessoas com HIV/Aids? Como seria juntar as duas coisas? Essa idéia foi compartilhada com Hugo, que me incentivou a escrever um projeto de mestrado para a Escola de Dança da UFBA. Em 2008 já estava começando o mestrado!



Durante o ano de 2009, desenvolvi pesquisa de campo relacionada à pesquisa de mestrado, oferecendo aulas práticas de contato improvisação às pessoas vivendo com HIV/Aids no CEDAP. No início, as aulas eram mistas, com a participação de funcionários e pacientes, e Hugo Leonado e Ana Amélia Reis, grandes amigos, participaram voluntariamente como professor e monitora, respectivamente. Depois, Hugo continuou dando uma força importante, discutindo plano de aulas comigo, e veio a ajuda de Sandra Corradini, que também atuou como professora e monitora voluntária durante o ano de 2009 em algumas oficinas.Em 2010, foi o ano de defesa da dissertação de mestrado, intitulada “Contato Improvisação e Aids: dança enquanto poder-corpo e saber-poder”. Um ano de sentar horas e horas para ler, estudar, ouvir as entrevistas, e escrever! Imersão teórica!


Em 2012 as aulas então foram retomadas, com o apoio do II Emcomtato Festival – Festival de Contato Improvisação de Salvador – organizado por Hugo Leonardo, que promoveu aulas de contato improvisação para pessoas com HIV no CEDAP, do qual participei como coordenadora e professora, junto com Ana Luiza Reis e Nirlyn Seijas, como professoras.Como os resultados foram muito bons, e os participantes quiseram muito continuar e nós também, decidimos continuar de forma voluntária com as aulas, que agora acontecem uma vez por semana no CEDAP, e incluem outras atividades de estímulo à apreciação/fruição de arte – especialmente dança – na cidade de Salvador, com atividades dentro e fora do CEDAP. Em 2013 sentimos a necessidade de um nome e, ganhando ares de “projeto”, chamamos de Projeto MaisContatoMaisDança.

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